quinta-feira, 4 de agosto de 2011

" O Golpe Militar de 1964 "


O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram no dia 1 de abril de 1964, com um golpe de estado que encerrou o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, também conhecido como Jango. Entre os militares brasileiros, o evento é designado como Revolução de 1964 ou Contrarrevolução de 1964.
Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros do Partido Trabalhista Nacional (PTN) à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN).
O golpe estabeleceu um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos da América e acarretou profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964. O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1960.

Antecedentes da Revolução de 1964.

A situação econômica e a disparacidade social colocaram fim à hegemonia da coligação PSD-PTB no Brasil. Nas eleições de 1960, Jânio Quadros candidato da oposicionista UDN, venceu as eleições a Presidencia. Mas mesmo com  a derrota, a coligação psd-ptb conseguiu eleger o vice-presidente , João Goulart. Naquela época era permitido o voto separado para presidente e para vice-presidente da república. Formava-se, assim, o governo JanJan,marcado pela divisão de forças entre os principais partidos da ploitica brasileira.









( imagem do Presidente Jânio Quadros)


(Charge de Jânio Quadros)

                               (Link de video que mostra o "Discurso de posse de Jânio Quadros em 1961")

O novo governo, entretanto, não conseguiu reverter o desfavorável quadro econômico, levando ao aumento das pressões sociais, principalmente nas áreas rurais, marginalizadas pelas políticas econômica estabelecidas desde o Estado Novo que favoreciam a industrialização e a formação de grandes centros urbanos. Diante das disputas ideológicas entre os principais partidos, Jânio foi se isolando no poder. Sua autoconfiança e sua postura autóritaria fazia com que desprezasse os partidos eo Congresso Nacional.
Na política externa, Jânio Quadros impôs uma política de independência aos EUA,reatando relações diplomáticas com a URSS . A parente aproximação com o comunismo, as dificuldades econõmicas que se agravavam e personalidade contraditória  do presidente favoreceram as crítica  tanto da esqueda quanto da direita. Em sete meses de governo , Jânio conseguiu unir as mais diversas posições políticas contra ele.
Em 25 de agosto de 1961, enquanto o vice-presidente João Goulart viajava numa missão diplomática à China, o presidente surpreendeu a todos entregando um pedido de renúncia ao Congreso.



Carta renúncia de Jânio Quadros.
"Ao Congresso Nacional. Nesta data, e por este instrumento, deixando com o Ministro da Justiça, as razões de meu ato, renuncio ao mandato de Presidente da República. Brasília, 25.8.61."


Como Vargas, Jânio tentava inverter a situação desfavorável, imaginava que os parlamentares não votariam o pedido de renúncia em plena sexta-feira, dia que poucos parlamentares conpareciam a sessões, e com isso ele esperava que as discussões a respeito da renúncia se estendesem pelo fim de semana, dando tempo para que o povo fosse às ruas clamar por sua permanência na presidência. Mas nada disso aconteceu como ele esperava, tudo deu errado; em plena a sexta feira havia um quorúm no Congresso e o  povo nem deu a mínima para o que estava acontecendo.
E no dia seguinte todos os Jornais do país estampavam : "Jânio Renuncia!".



Curiosidade sobre o Governo de Jânio Quadros

Jânio condecorou, no dia 19 de agosto de 1961, com a Grã Cruz da ordem Nacional do Cruzeiro do Sul  Ernesto Che Guevara, o guerrilheiro argentino que fora um dos líderes da revolução cubana - e era ministro daquele país - em agradecimento por Guevara ter atendido a seu apelo e libertado mais de vinte sacerdotes presos em Cuba, que estavam condenados ao fuzilamento, exilando-os na Espanha.
Jânio fez esse pedido de clemência a Guevara por solicitação de dom Armando Lombardi, Núncio apostólico no Brasil, que o solicitou em nome do Vaticano. A outorga da condecoração foi aprovada no Conselho da Ordem por unanimidade, inclusive pelos três ministros militares. As possíveis consequências desse ato foram mal calculadas por Jânio. Sua repercussão foi a pior possível e os problemas já começaram na véspera, com a insubordinação da oficialidade do Batalhão de Guarda que, amotinada, se recusava a acatar as ordens de formar as tropas defronte ao Palácio do Planalto, para a execução dos hinos nacionais dos dois países e a revista.
Só a poucas horas da cerimônia, já na manhã do dia 19, conseguiram os oficiais superiores convencer os comandantes da guarda a se enquadrar. A oposição aproveitou-se desse mero ato de cortesia, feita a um governante que havia prestado um favor ao Brasil, para transformá-lo em tempestade num copo d'água. Na imprensa e no Congresso começaram a surgir violentos protestos contra a condecoração de Guevara. Alguns militares ameaçaram devolver suas condecorações em sinal de protesto. Em represália ao que foi descrito como um apoio de Jânio ao regime ditatorial de Fidel, nesse mesmo dia, Carlos Lacerda entregou a chave do Estado da Guanabara ao líder anticastrista Manuel Verona, diretor da Frente Revolucionária Democrática Cubana, que se encontrava viajando pelo Brasil em busca de apoio à sua causa.




(Jânio junto ao guerilheiro Che Guevara)



 Para quem não conheçe "Che Guevara" assista esses filme :




Che
Título original: (Che: Part One)
Lançamento: 2008 (França, Espanha, EUA)
Direção: Steven Soderbergh
Atores: Benicio Del Toro, Oscar Isaac, Demián Bichir, Julia Ormond.
Duração: 126 min
Gênero: Drama

 SINOPSE  
26 de novembro de 1956. Fidel Castro (Demián Bichir) viaja do México para Cuba com oito rebeldes, entre eles Ernesto "Che" Guevara (Benicio Del Toro) e seu irmão Raul (Rodrigo Santoro). Guevara era um médico argentino, que tinha por objetivo ajudar Castro a derrubar o governo de Fulgêncio Batista. Ao chegar ele logo se integra à guerrilha, participando da luta armada mas também cuidando dos doentes. Aos poucos ele ganha o respeito de seus companheiros, torna-se um dos líderes da revolução que está por vir.


Opinião: Eu já assistir esse filme, e particularmente não gostei, é muito superficial, a ideia que eles passam sobre Che Guevara o filme todo praticamnete ele fica falando sobre ideais socialistas. Não mostra muito uma Guerrilha de verdade; o Che do filme é muito bonzinho e doce até nas horas mais improvaveis.


"Che" : A Guerrilha 


Título original: (Che: Part Two)
Lançamento: 2008 (França, Espanha, EUA)
Direção: Steven Soderbergh
Atores: Benicio del Toro, Carlos Bardem, Demián Bichir, Joaquim de Almeida.
Duração: 135 min
Gênero: Drama
     SINOPSE 

    Após a Revolução Cubana, Ernesto "Che" Guevara (Benicio Del Toro) está no auge de sua popularidade e poder. Até que, repentinamente, desapareceu. Che ressurge incógnito na Bolívia, onde organiza um pequeno grupo de cubanos e bolivianos para dar início à grande revolução latino-americana.



    Opinião: Esse filme é continuação de "Che", não tive oportunidade de ve-lo ainda, então vou colocar um comentário da net...

    A segunda parte do épico “Che” tem os mesmos defeitos da primeira. É por demais contemplativa, fria, chega a ser árida até. E com um agravante: foca-se totalmente na fracassada luta armada comandada por Guevara na Bolívia, culminando com seu assassinato covarde pelo exército boliviano sob ordens da CIA quando já era prisioneiro. Ou seja, é totalmente anticlimática.
    Por mais que se admire a coragem do diretor Steven Soderbergh em aceitar tão controversa empreitada, não dá para entender algumas de suas opções estéticas. A mais estranha delas foi filmar quase tudo em planos abertos e distantes, o que não dá maiores oportunidades aos atores e impede qualquer aprofundamento dos personagens - ao ponto de todos parecerem meros coadjuvantes, inclusive o próprio Che! (mal dá para perceber a presença de Rodrigo Santoro, como Raul Castro, ou mesmo Matt Damon, que faz ponta como um padre). Além disso, o cineasta joga os eventos de forma caótica e confusa, o que vai deixar a maioria dos espectadores alienados e, por fim, entediados.



     Diários de Motocicleta
     

    Título original: (The Motorcycle Diaries)
    Lançamento: 2004 (EUA)
    Direção: Walter Salles
    Atores: Gael García Bernal, Susana Lanteri, Mía Maestro, Mercedes Morán.
    Duração: 128 min
    Gênero: Drama

     SINOPSE



    Che Guevara (Gael García Bernal) era um jovem estudante de Medicana que, em 1952, decide viajar pela América do Sul com seu amigo Alberto Granado (Rodrigo de la Serna). A viagem é realizada em uma moto, que acaba quebrando após 8 meses. Eles então passam a seguir viagem através de caronas e caminhadas, sempre conhecendo novos lugares. Porém, quando chegam a Machu Pichu, a dupla conhece uma colônia de leprosos e passam a questionar a validade do progresso econômico da região, que privilegia apenas uma pequena parte da população.


    Opinião: Este filme é muito bom, eu assisti e achei super legal. RECOMENDO!!







     "Che"  

    Regime Militar

    Regime militar no Brasil foi um período da história Politica brasileira  iniciado com o Golpe Militar de 31 de março de 1964, que resultou no afastamento do Presidente da República de Jure e de facto, João Goulart, assumindo provisoriamente o presidente da Câmara dos Deputados Ranieri Mazzilli e, em definitivo o Marechal Castelo Branco. O regime militar teve ao todo cinco presidentes e uma junta governativa, estendendo-se do ano de 1964 até 1985, com a eleição do civil Trancredo Neves.




    (Continua...)