sábado, 13 de agosto de 2011

(continuação...)


Com a Lei da Anistia, voltaram ao país líderes da oposição ao regime: Jânio Quadros, Darci Ribeiro, Luís Carlos Preste, Leonel Brizola, Celso Furtado etc. A volta de nomes importantes da política nacional fortaleceu sobremaneira a resistência civil, aumentando a pressão pelo retorno à democracia.
O crescimento da oposição levou o governo a extinguir o bipartidarismo. A existência de apenas dois partidos não era mais interessante para os militares, uma vez que todos os opositores ao regime esqueciam suas divergências e aglutinavam-se no MDB, único canal político capaz de pressionar pela restauração democrática.










Em dezembro de 1979, com o objetivo de dividir e enfraquecer a oposição, o governo extinguiu a Arena e o MDB, dando início à reforma partidária. Formou-se o Partido Democrático Social (PDS), composto por ex-integrantes da Arena, e o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), englobando a maioria da oposição. Os trabalhistas, originários do período populista e inspirado em Getúlio Vargas, dividiram-se no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e no Partido Democrático Trabalhista (PDT). Surgiu, também, o Partido Popular (PP), composto por militantes conservadores da oposição, e o Partido dos Trabalhadores (PT), tendo como líder sindical Lula seu principal representante, que reuniu militantes do movimento sindical e estudantil, além de integrantes dos movimentos de base da Igreja Católica.




Em novembro de 1980, com o intuito de dividir ainda mais a oposição e fortalecer o PDS, o governo proibiu as coligações partidárias. O PMDB, principal partido oposicionista, fortaleceu-se com a incorporação do PP aos seus quadros e com o apoio dado pelo PT, PTB, e PDT. Assim, a bipolarização vista nas eleições para governadores de 1982, entre o PMDB e o PSD, seguia o mesmo caminho político-partidário do auge da ditadura, quando se confrontavam o MDB e a Arena.


 


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