domingo, 7 de agosto de 2011


O governo linha dura de Costa e Silva



O AI-4 estabelecia, também, a eleição para presidente e a elaboração de uma nova Constituição. O general Artur Costa e Silva, líder da linha dura, lança-se para ocupar o lugar de Castelo Branco na presidência; Aprovado pela Arena, Costa e Silva é eleito presidente, mas antes de deixar o cargo Castelo Branco faz aprovar a Lei de Segurança Nacional, adotando severas punições para as ações consideradas desestabilizadoras do regime militar, ou seja, greves, manifestações e oposições políticas.
Em 21 de janeiro de 1967, o Congresso aprova a nova Constituição, legalizando as medidas autoritárias da ditadura e limitando a participação política da oposição e dos setores civis, esta, decisão desencadeou diversas manifestações populares contra a ditadura.








Manifestações







No dia 28 de março de 1968, o aluno secundarista Édson Luís foi morto pelas tropas repressivas durante uma manifestação contra a precária situação em que se encontrava um conhecido restaurante estudantil. Seu enterro transformou-se num dos mais importantes atos contra a ditadura, reunindo cerca de 100 mil manifestante nas ruas do Rio de Janeiro.






No Congresso, os parlamentares (oposição) passaram à crítica as atitudes tomadas contra os civis, denunciando casos de tortura por parte da polícia, que abusava do poder. Em resposta, o governo, não gostou muito, e ameaçou suspender as imunidades parlamentares dos deputados e senadores, enquadrando eles na Lei de Segurança Nacional (criada por Castelo Branco, no final de seu mandato).
E no dia 12 de dezembro de 1968, diante dos acontecimentos, os deputados finalmente afrontaram o poder militar, quando negaram o pedido dos militares para processar o deputado Marcio Moreira Alves. E a conseqüência desse ato contra a ditadura os militares resolveram endurecer ainda mais a ditadura.
Influenciados pela Revolução Cubana, pela Revolução Chinesa e pelo maio de 1968 (o maio de 1968 foi uma manifestação de estudantes franceses que começou como protesto contra o sistema de ensino, e depois transformou-se em uma crítica social e a política tradicional; que difundiu –se por todo o planeta) voltava à tona o movimento estudantil no Brasil. Assumindo uma posição de liderança, os estudantes junto com intelectuais, camponeses e operários, desejam por um fim o regime militar no Brasil. Os Grêmios estudantis e os centros acadêmicos universitários (faculdades) organizavam diversas passeatas e atos; os confrontos com a polícia não demoraram à acontecer : invasões a universidades, teatros e escolas; prisões e agressões a professores, alunos e artistas.
(Continua...)


 

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