domingo, 7 de agosto de 2011

A Resistência Popular e a
Repressão por parte do Governo

A institucionalização do AI-5 e do Estado de Segurança Nacional mudou  o rumo da política no Brasil. Como não havia qualquer possibilidade de se realizar qualquer oposição ao governo, surgiram movimentos de esquerda, constituídos em grande parte por intelectuais e estudante da época, que expandiram  organização de grupos paramilitares (contra militares) que estavam dispostos a enfrentar o governo militar por meio da luta armada. Influenciados pelas experiências socialistas, esses grupos guerrilheiros, que tinha como principais armas ao governo, os assaltos a banco, constantes ataques ao Exército, roubos de armas e libertação de companheiros.



Para acabar com esse ataques, o governo instaurou uma extensa rede repreensiva, comandados pelo Serviço Nacional de Informações (SNI), as secretarias estaduais de Segurança e seus Departamentos de Ordem Política e Social (DOPS) e as Forças Armadas se unira no combate à oposição. O exército criou duas forças especiais: o Destacamento de Operações e Informações (DOI) e o Centro de Operações de Defesa (CODI), responsável pela Operação Bandeirantes (Oban), que tinha a missão de caçar militares de esquerdas (opositores ao regime militar), quando capturados esse presos eram submetidos a torturas comandadas por especialistas que aplicavam choques elétricos, afogamentos, estupros, pau-de-arara que resultavam em diversos danos físico e psicológicos.
Por terem sido divididas em diversos grupos, as guerrilhas acabaram fracassando e sucumbindo-se a repressão; Apesar de feitos audaciosos como o seqüestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, e da liderança de nomes importantes, como o ex-capitão do Exército Carlos Lamarca e o ex-deputado do PCB Carlos Marighela, não foram capaz de resistir ao forte aparato repressivo. Embora tenham conseguido libertar alguns presos, muitos guerrilheiros foram capturados e mortos em confrontos, inclusive os dois líderes Marighela em 1969 e Lamarca em 1971.


(Cenas do filme "Lamarca" com trilha de Alan James, feito como trabalho para o curso de Composição de Trilhas Sonoras, ministrado por David Tygel no Cinemúsica em 2006).


O ultimo foco comunista no Brasil se encontrava na região do Araguaia, e era formado por representando do Partido Comunista do Brasil (PC do B) e contava com o apoio da população local, a Guerrilha do Araguaia conseguiu sobreviver, desde 1967, as forças de repressão. Mas em 1975, numa elaborada operação do Exército, 69 guerrilheiros foram mortos, extinguindo, finalmente a resistência pela luta armada.

Em meio a esse Guerra Civil, o governo passava por uma crise política, em 1969. Costa e Silva sofreu problemas de saúde, e teve que se retirar da presidência. Em seu lugar quem deveria assumir seria o vice-presidente, o civil Pedro Aleixo, no entanto, a Alto Comando da Forças Armadas impediu a posse de Aleixo e nomeou para o cargo uma junta de Ministros Militares. Após intensos debates entre a linha dura e a “Sorbonne”, o general Emílio Garrastazu Médici foi indicado para o cargo.

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